Os vinhos italianos estão em plena ascensão no mercado brasileiro. Só nos três primeiros meses de 2025, as exportações da Itália para o Brasil cresceram 14%, um aumento expressivo que aponta para um recorde anual de 11,2 milhões de litros exportados até dezembro. Com esse desempenho, a Itália reafirma seu papel como uma das grandes fornecedoras de vinhos para o consumidor brasileiro, ocupando hoje a quarta posição no ranking de exportadores, atrás apenas de Chile, Argentina e Portugal.
A força da tradição e dos laços culturais
Esse crescimento é sustentado por uma base cultural sólida: o Brasil abriga aproximadamente 32 milhões de descendentes de italianos, o que representa uma das maiores diásporas italianas do mundo. Esse vínculo afetivo com a cultura da “terra dos vinhos” reforça a preferência por rótulos italianos, muitas vezes associados à memória afetiva familiar, à gastronomia e à celebração.
Diversidade incomparável e certificações de qualidade
A Itália é uma potência enológica reconhecida por sua diversidade única: são mais de 600 uvas autóctones catalogadas (como Nebbiolo, Sangiovese, Aglianico, Nero d’Avola, entre outras) e centenas de estilos de vinho — do espumante Prosecco aos intensos Barolos e aos elegantes Chianti Classico. Além disso, o país conta com mais de 400 denominações de origem, entre DOC e DOCG, selos que garantem a procedência e o rigor na produção.
Regiões clássicas dominam, mas emergentes ganham espaço
As regiões de Toscana, Piemonte, Puglia, Vêneto e Sicília são as mais presentes nas prateleiras brasileiras, representando a face clássica da viticultura italiana. Contudo, outras regiões começam a se destacar por sua autenticidade e qualidade crescente. Campânia, Úmbria e Friuli-Venezia Giulia vêm conquistando espaço, oferecendo vinhos com identidade própria e excelente custo-benefício.
Vinhos premium e aposta em educação do consumidor
Outro fator que impulsiona o interesse pelos vinhos italianos é a crescente valorização dos rótulos premium e supertoscano, especialmente entre consumidores mais exigentes. Paralelamente, eventos, degustações e ações promocionais organizadas por importadoras e entidades italianas ajudam a educar o mercado brasileiro, promovendo conhecimento sobre as uvas, regiões e estilos.
Perspectivas promissoras
Com a soma de tradição, inovação, diversidade e investimento em promoção, a Itália se firma como uma das grandes protagonistas do setor no Brasil. E, com o ritmo atual de crescimento, não é exagero dizer que a nação do Chianti e do Barolo pode, em breve, subir ainda mais no pódio dos vinhos mais importados no país.
Leia também: Ratos “Sommelier”: Estudo Revela Que Eles Conseguem Distinguir Sauvignon Blanc de Riesling