Mal chegou ao Brasil para ser comercializado e o vinho azul, em alta na Europa, já teve sua comercialização suspensa. A decisão partiu do MAPA – Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento – que considerou que tanto o vinho como o espumante azul não podem ser importados para o Brasil por conterem corantes artificiais denominados Azul Indigotina E-132, conhecido por Indigo Blue e Azul Brilhante E133.
Segundo o Ministério, a legislação brasileira referente ao vinho no Brasil é muito rígida e, portanto, nenhum vinho ou bebida à base de vinho podem conter em sua composição corantes artificiais que não estejam previstos na legislação sobre aditivos da ANVISA.
Origem do vinho azul
Seis jovens espanhóis, com pouca tradição na área, inovaram o universo da enologia ao criarem o Gik, um vinho diferente de cor azul feito com uvas brancas e tintas, sua cor azulada se deve ao pigmento índigo que foi adicionado a sua composição. Acrescentou-se também adoçantes para suavizar o sabor e antocianinas! Seu teor alcoólico é de 11,50%! A produção demorou cerca de dois anos para ser para ficar pronta e os jovens ainda tiveram ajuda dos pesquisadores da Universidade do País Basco e do departamento de pesquisa alimentar do Governo Basco nesse trabalho. A ideia do vinho azul é a de atingir o público mais jovem.
Opinião da editora
Acho que essa briga da importação/comercialização do vinho azul no Brasil ainda vai longe, inclusive com interferência da Justiça. Particularmente, não tenho nada contra o vinho azul. Pelo contrário, acredito que por ser um vinho leve e voltado ao público mais jovem, pode ser a porta de entrada da garotada ao amplo e vasto universo enológico. Quem aprecia vinhos sabe, que aprender a gostar dos bons é uma questão de educação do palato, algo que somente acontece após muitas degustações. E, muitos dos brasileiros que hoje apreciam excelentes vinhos, começaram também com “outro azulzinho”, hoje super mal visto pelo mundo, mas que já foi uma febre por aqui: o velho alemão Liebfraumilch. É ou não é verdade?