Mais uma importante festa passou a integrar oficialmente a agenda de eventos de vinho de Brasília: o Sparkling Wine Fair (SWF), feira exclusiva de espumantes nacionais e internacionais, que estreou na cidade, nos últimos dias 16 e 17 de setembro, movimentando o Pontão do Lago Sul. A organização foi um dos pontos fortes do SWF, idealizado e coordenado pelos empresários César Santos e Beta Doelinger (foto).
Mais de 1800 pessoas participaram do evento e puderam escolher para degustar dentre os mais de 120 rótulos disponíveis, dentre brasileiros, portugueses, franceses, espanhóis e italianos. O evento que começou com pé direito promete ser ainda melhor no próximo ano. Pelo menos é a promessa dos organizadores que, satisfeitos com o sucesso da primeira edição, já anunciaram a data da próxima: 15 e 16 de setembro de 2017.
Noite quente na Sparkling Wine Fair: espumantes fresco
Fui ao primeiro dia do evento. A noite estava bem quente e, em razão disso, percebi que as pessoas optaram por espumantes mais leves e frescos, fato que fez com que os nacionais se destacassem ainda mais. Não é à toa que os estandes da Perini e da Miolo ficaram movimentados o tempo inteiro e, mesmo oferecendo espumantes de variados métodos, preços e blends, notei que os rosés agradaram bastante. Particularmente, sou fã dos brut rosés tanto da Miolo como da Perini, esses simples, de entrada mesmo. São vinhos jovens, frescos, frutados e até florais e possuem ótimo custoxbenefício. Quer saber? Fizeram muito bonito no evento. Estavam na temperatura certa (pelo menos quando degustei) e combinaram com o calor da noite.
Outro nacional interessante que degustei por lá foi o gaúcho de Antônio Prado, o Zanella Método Tradicional Brut, vendido em Brasília pela Doc Vinhos. Esse experimentei pela primeira vez no evento. Num estilo mais potente e encorpado por ser produzido pelo método tradicional e passar 24 meses em contato com as leveduras, possui aromas de panificação, frutas secas e um amargor leve característico. É feito com Chardonnay e Pinot Noir e me agradou bastante. Também gostei muito do preço: R$80,00, principalmente depois de saber que são produzidas apenas 3000 garrafas por safra.
Espumantes Internacionais
O espumante português Porta 6 foi outro que gostei muito. Já havia experimentado na coletiva de imprensa, mas parece que no evento estava melhor ainda. Acho que combinou demais com a temperatura e com o momento. Feito pela Vidigal Wines na parte central de Portugal (Leiria) pelo método Charmat e com as uvas Arinto, Fernão Pires e Chardonnay é uma bebida “com corpo e roupa de Novo Mundo”, por ser leve e ter um rótulo bem moderno. Muito fragrante e fresco, nem se parece com os “tradicionais” espumantes portugueses, normalmente mais robustos.
A cava El Copero, feita à base da espanhola Macabeo, também estava deliciosa e parece ter sido quase uma unanimidade no evento. Com boa acidez e complexidade, apresentou frutas cítricas e leve cremosidade, fez muita gente querer degustar o produto, inclusive, mais de uma vez.
Detalhe importante
Havia muitos espumantes no evento e, claro, que foi impossível degustar todos. Aqui no post fiz referência àqueles que me agradaram dentre os que degustei. Levei em consideração a temperatura de serviço e do ambiente.