Champenoise ou Charmat no Verão?

Charmat ou Champenoise no Verão? Conheça a diferença entre os métodos para escolher seu preferido nessa estação.

É Verão, e o espumante certamente é uma opção mais do que recomendada para a época. Em meio a tanto calor talvez a única dúvida que nos reste na hora de encher a taça é: Charmat ou Champenoise? Os dois métodos de elaboração da bebida têm implicações diferentes na hora da apreciação do espumante e, por isso, vale muito a pena entender melhor a diferença entre os dois para saber qual a melhor escolha à sua preferência.

Ambos os métodos tem em comum uma primeira fermentação do mosto (como é chamado o prensado de uvas) realizada em tonéis. Mas as semelhanças, de certa forma, param por aí.

Método Champenoise

O método tradicional (ou champenoise) foi inventado em Champagne (região do nordeste da França), no século XVII pelos monges cistercienses. Entre eles, o famoso Dom Pérignon ajudou a desenvolver o processo. O vinho base adquirido a partir da primeira fermentação é transferido para garrafas, onde acontece uma segunda fermentação, depois da adição do licor de tiragem, uma mistura de açúcares e leveduras.

Depois da primeira fermentação, realizada em tonéis, as diferenças entre Champanoise e Charmat começam.

Após meses de um mexe e mexe na garrafa (chamado de remuage) e, após ser atingido o teor de gás carbônico mais adequado, as leveduras são retiradas e o licor de expedição (uma mistura de vinho base com açúcar) é adicionado, em diferentes concentrações, gerando um vinho mais seco ou mais doce. Logo depois, a garrafa pode ir diretamente para o comércio ou continuar envelhecendo nas adegas, para ganhar complexidade de sabor.

Método Charmat

O método Charmat foi patenteado pelo francês Eugène Charmat, em 1907, embora alguns italianos digam que foi inventado por Federico Martinotti, em 1895. O objetivo desse método é simplificar e tornar mais curto o tempo de produção, o que reduz significativamente o custo. Tecnicamente, a principal distinção em relação ao outro método é que a segunda fermentação é feita em um tanque de aço inoxidável, chamado de autoclave, sob temperatura controlada. Esta segunda fermentação leva semanas ou mesmo dias, ao invés de meses. O resultado é: um sabor menos complexo, mais leve e cítrico, o que não significa má qualidade. Há excelentes espumantes produzidos por este método. E o melhor de excelente custoxbenefício.

 

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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