Eu adoro queijo com vinho. E essa dupla parece perfeita, não? Mas, na verdade, combinar esses dois de forma ideal requer alguns cuidados especiais. Como existe uma enorme quantidade de queijos e uma grande variedade de vinhos, é importante atentarmos às características de cada um desses produtos de forma a não permitir que seus aromas e sabores se sobreponham. O ideal é buscarmos sempre que ambos se completem de forma equilibrada. Pensando nisso, o Blog Vinho Tinto e a Queijos São Vicente iniciaram uma parceria para apresentar aqui no Blog dicas de harmonizações bem sucedidas entre queijos e vinhos e muitas outras informações especiais sobre esses dois produtos. Veja:
Degustação Especial – A primeira dica é super importante e serve para deixar qualquer degustação ainda mais especial: lembre-se de evitar servir os queijos em cubinhos, como vemos na maioria das vezes. Além disso, evite usar a mesma faca para cortar diferentes queijos – cada queijo exige um tipo especial de faca (que pode ser comprada em lojas de utensílios para o lar). Também, deixe queijos como mozzarela, prato e minas fora da tábua de degustação.
Harmonização de queijos macios e cremosos – Integram essa categoria o queijo brie e o queijo camembert produzidos pela Queijos São Vicente. Ambos são fabricados com leite de vaca e apresentam uma casca de mofo aveludada comestível, formada por fungos do gênero Penincilinum Candidum. Possuem aromas e notas suaves de terra que lembram trufas amanteigadas. Têm sabor forte e adocicado. A diferença entre eles é que um surgiu em Brie e o outro na Normandia, ambos na França. Tanto o brie como o camembert são perfeitos para acompanharem espumante, sobretudo, champanhe. A regra é simples: quanto mais cremoso e untuoso o queijo, maior deve ser o nível de acidez do vinho. A remissão a cogumelos nesse tipo de queijo também permite uma harmonização perfeita com um Pinot Noir frutado e de taninos macios.
Harmonização com queijos azuis – Os queijos azuis são assim chamados por possuírem “veias azuis esverdedas” que, na verdade, são fungos do tipo Penicillium Roquefort, injetados durante a sua produção. De sabor forte e aroma intenso, possuem uma massa macia e um tanto quebradiça. Exemplos são os queijos gorgonzola e camembleu da São Vicente. Esses queijos têm alto teor de gordura e acidez e, geralmente, os vinhos doces (de sobremesa) costumam se sair muito melhor com eles do que os vinhos secos o que resultando na clássica e perfeita “harmonização por contraste“, devido o casamento entre o salgado do queijo e o dulçor do vinho.
Tokaji e Camembleu – Agora, confesso que foi “algo de outro mundo” harmonizar um dos melhores vinhos doces do mundo – o Tokaji 6 puttonyos (foto) – com um queijo tão especial como inusitado como o camemblue – na verdade, uma invenção da São Vicente, que uniu dois queijos muito apreciados pelos brasileiros em um só: o camembert e o gorgonzola. Apesar da massa mais mole e da casca aveludada do mofo branco do Camembert, o sabor das “veias azuis” continuou marcante e aromático, permitindo uma harmonização deliciosamente perfeita e contrastada entre o salgado do queijo e o doce do vinho.
São Vicente – Pra quem não sabe, a Latícinios São Vicente é uma empresa mineira que produz queijos finos há 20 anos no mercado e está presente nos melhores supermercados do país. Confira aqui onde encontrar os produtos. É a típica empresa cuja inspiração veio da Europa mas que tem um “jeitim mineiro” de fazer o queijo.