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Quem teve a oportunidade de experimentar os vinhos uruguaios da Pizzorno conhece a qualidade e cuidado com o qual eles são feitos. Por esse motivo fiquei muito feliz quando a Grand Cru Importardora convidou o Blog Vinho Tinto para participar de uma degustação desses rótulos. O evento aconteceu no restaurante Nikkei e contou com a presença do Francisco Pizzorno, Gerente de Exportação da vinícola.
Vinhos
Adorei conhecer o Tannat feito por maceração carbônica! Normalmente esse método é utilizado para produzir vinhos leves e frutados com a uva Gamay, principalmente na região de Beaujolais na França.

Achei bem diferente! A Tannat costuma produzir vinhos estruturados e tânicos, mas era leve e fresco por causa do seu processo de vinificação! Os aromas demostravam muita cereja vermelha. A acidez e tanino eram médios baixo. É um vinho simples e agradável. Bom para beber mais resfriado (11 a 12 graus) e bem apropriado para o clima de Brasília. Além disso, tem um preço que cabe no bolso: R$ 79,90.
Outro vinho que me chamou atenção foi Don Próspero Tannat 2018.
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Esse vinho é completamente diferente do primeiro e eu gostei justamente por ser um Tannat bem típico! Esse é pra quem gosta de vinho mais estruturado. Ele envelhece por 10 meses em barricas de carvalho americano e francês. Apresentou notas de frutas negras, como ameixa madura e amora, e pimenta. A acidez é média e os taninos são altos. Com certeza harmoniza bem com uma carne, principalmente churrasco. Preço: R$ 89,90
O legal dessa degustação foi constatar como o processo de vinificação muda um vinho, os tornando bem diferentes um do outro, mesmo sendo produzidos com a mesma casta!
Maceração Carbônica
Esse processo consiste em colocar os cachos de uvas inteiros e sem esmagar em cubas que depois são preenchidas com CO2 para eliminar todo o oxigênio. Isto induz o início da fermentação intracelular. Quando o nível de álcool atinge determinado ponto, as peles das uvas começam a rachar e as uvas liberam o seu suco. Geralmente, nesta etapa, as uvas são prensadas para separar o suco das peles. Depois, as levaduras completam a fermentação, mas já sem a presença das peles.
É importante destacar que este método extrai cor das uvas, mas pouco tanino, fazendo com que os vinhos resultantes sejam suaves e cheios de fruta, com distintivas notas de kitsch, banana, chiclete e especiarias do tipo canela.
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