FDA alivia regulação sobre charutos premium

Na semana passada, houve uma decisão significativa que atende a uma demanda acumulada ao longo de anos no setor. O segmento relacionado a charutos no Brasil movimenta aproximadamente 1,5 bilhão de reais.

Os entusiastas de charutos nos Estados Unidos têm motivo para comemorar. Recentemente, o Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa no Brasil, tomou uma decisão inequívoca: revogou uma lei de 2016 que equiparava charutos premium e cigarros comuns. Essa decisão corrige um erro histórico ao nivelar os produtos da mesma forma e também elimina a exigência de alertas nas embalagens.

As duas principais associações do setor nos Estados Unidos, a Premium Cigar Association e a Cigar Rights of America, moveram uma ação judicial buscando a diferenciação entre esses produtos. Eles argumentaram que, ao contrário dos cigarros comuns e cigarros eletrônicos, os charutos premium não exercem a mesma atração sobre os jovens e não estão ligados ao vício. Essa alegação foi embasada por estudos que indicam que é improvável que os jovens consumam charutos premium, principalmente devido ao seu custo mais elevado por unidade, e que os consumidores de charutos não os utilizam com a mesma frequência que os cigarros.

Os representantes do setor também forneceram estudos que demonstram que o consumo ocasional de charutos não está associado ao aumento da taxa de mortalidade. Além disso, os fabricantes de charutos registram seus produtos anualmente e divulgam listas de ingredientes para cada item, embora seja inviável submetê-los a testes laboratoriais devido à sua natureza artesanal.

No mercado nacional, o Brasil desempenha um papel importante nesse setor, sendo o segundo maior produtor mundial de tabaco e o maior exportador desde 1993. Conforme dados do Sinditabaco, cerca de 85% da produção nacional é destinada à exportação, abastecendo tabaco brasileiro a clientes de 105 países ao redor do mundo. Em 2021, as exportações do setor totalizaram 464 mil toneladas, gerando receitas de US$ 1,46 bilhão.

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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