No último dia 18 de fevereiro, o Blog Vinho Tinto foi conhecer a nova carta de vinhos do Tejo Restaurante (404 Sul) participando do jantar de apresentação do seu novo sommelier, Francisco Chaves.
O evento foi fantástico! Foi realizada a degustação de seis vinhos, sendo quatro brancos e dois tintos, todos oferecidos pela importadora Del Maipo. A nova carta de vinhos inclui rótulos de diversos países, principalmente França, Espanha e Portugal. Anteriormente, o restaurante contava com quatro rótulos portugueses e esse número aumentou para 16! Nada mais adequado para harmonizar com as excelentes iguarias portuguesas, que são a especialidade da casa. Vale destacar também que foram inseridos 20 novos vinhos franceses, com destaque para os produtos de André Goichot, da região da Borgonha.
O jantar estava delicioso e a seleção de vinhos foi acertada. Os vinhos foram degustados juntamente com o Menu Degustação que está sendo servido no Festival Boa Mesa Brasília (relembre aqui), que conta com restaurantes renomados e oferece pratos elaborados com bons ingredientes mirando na alta gastronomia.
Sobre os vinhos degustados
O primeiro que me chamou a atenção foi o branco 1808 Reserva, safra 2017. Vinho da região de Lisboa, elaborado com Arinto e Viogner, uma combinação diferente para um vinho português, mas com ótima estrutura para acompanhar um prato de bacalhau com natas por exemplo. Boa intensidade aromática, com notas florais, frutas brancas e de caroço. Acidez média e corpo médio mais. O final é médio e agradável.
O outro vinho branco que gostei muito foi o Petit Chablis do André Goichot, 2015. Adorei esse vinho! Estava com excelente intensidade aromática, boa complexidade e ótima acidez. Apresentou mineralidade marcante, notas de frutas brancas, pera, maçã e frutas cítricas. Vinho bem equilibrado com final persistente. É um vinho para acompanhar pratos mais leves, mas também para se beber sozinho 😊
O terceiro vinho que mereceu destaque foi o espanhol Gran Abobal Verdejo 2009, da região de Castilla y León. Adoro esse estilo de vinho, que é feito de forma oxidativa, fermentado em barris. Ele fica por 20 meses em barrica (40% novas) e com bâtonnage por oito meses, o que confere ao vinho textura e características marcantes. Lembra um pouco jerez, que eu gosto muito. Notas de castanhas, nozes, frutas secas e caramelo queimado foram perceptíveis. O corpo é médio. O que mais me chamou a atenção aqui foi a persistência, além da sua excelente acidez.
Por último, foi apresentado, 13 Cántaros Nicolás 2016, da região de Cigales na Espanha. Vinho elaborado com tempranillo. Apresentou notas de frutas vermelhas, baunilha, um leve tostado. Os taninos e acidez eram médios. Um vinho fácil de beber. Persistência média com final agradável. Para quem não conhece, Cigales é uma pequena região no norte da Espanha, mais fria e com maior altitude que Toro. Tem boa tradição com a produção de vinhos rosés secos, feitos com tempranillo, mas a produção de tintos secos tem crescido nos últimos anos.
Enfim, a noite foi muito agradável, com pratos maravilhosos, companhias excelentes e claro, vinhos muito bons. Parabéns ao novo sommelier Francisco Chaves pela seleção e desejamos muito sucesso nesse novo desafio!
Preços
Aqui vai a seleção completa dos vinhos servidos e seus respectivos preços no Tejo restaurante (404 Sul).
Vizar Verdejo Castilla y León 2016 – R$ 189,00
1808 Collection reserva Lisboa 2017 – R$ 238,00
Petit Chablis André Goichot 2015 – R$ 371,00
Gran Ababol Verdejo Castilla y Leon 2009 – R$ 299,00
Le Petit Mayne Pinot Noir Vin de France 2015 – R$ 169,00
13 Cántaros Nicolás 2016 – R$ 229,00
Texto redigido por Bianca Dumas (instagram @vinhobonzao)