O português Cláudio Martins, da Tapada do Fidalgo, esteve no Brasil o mês passado para apresentar os rótulos da prestigiada vinícola em diversas cidades brasileiras. Em Brasília, fez uma pequena apresentação dos seus vinhos em evento realizado na Adega Almeida (710/711Norte). A Tapada do Fidalgo é uma vinícola do Alentejo, situada perto de Monsaraz. Seu proprietário é Henrique Granadeiro, um executivo português que também integra o Conselho da Fundação Eugénio Almeida, entidade responsável pela produção dos famosos vinhos Pêra-Manca, Scala Coeli e Cartuxa.
Dica para Sushi e Sashimi – A degustação da Tapada do Fidalgo na Adega Almeida começou pela linha econômica da vinícola, isto é, com vinhos que apresentam boa relação custo x benefício. O primeiro a ser apreciado foi o Tapada do Fidalgo Rosé 2013 – um vinho fresco, elegante e aromático da cor de casca de cebola roxa (meio rosinha claro). Uma mistura da uva Castelão – que conferiu maciez ao vinho; Touriga Nacional, que deu mais aroma; e Syrah, que deu presença em boca. Para quem fica na dúvida na hora de pedir um vinho para acompanhar um sushi ou um sashimi, eis aí uma boa dica. Preço: R$39,50.
Para o dia-a-dia – Em seguida, degustamos o Tapada do Fidalgo Tinto 2012 – Ele é aquele vinho para o dia-a-dia. Bem gastronômico e não apresenta aquele sabor muito adocicado ao final. Esse é feito do corte de Aragonez, Syrah, Trincadeira e Alicante Bouschet. Também custa R$39,50.
Sopa do Alentejo de alto nível e preço ótimo – O Tapada do Fidalgo Reserva Tinto 2011 foi eleito como um dos 100 melhores do ano pelo revista Gula em 2011. Também foi um dos que mais agradou na degustação, principalmente pelo preço: R$62. Sem dúvida, é bem persistente e elegante, muito estruturado e complexo. Há um nítido salto do vinho anterior para este. É elaborado com a famosa “sopa do Alentejo”: Trincadeira, Alicante Bouschet e Aragonez.
Potente e persistente – Em seguida, passamos à linha top da vinícola. O primeiro a ser degustado foi o Poliphonia Reserva Tinto 2012. Muito elegante, com bom volume e com taninos macios. Mostrou potencial de envelhecimento. Gostei. Potente e persistente. Passa por barrica de carvalho francês, mas a madeira não se sobrepõe à elegância das frutas. R$108.
Vinho estruturado e complexo e com potencial de guarda – O grande final ficou reservado ao Poliphonia Signature Tinto 2010 – sem dúvida, um excelente vinho, feito de Alicante Bouschet e Syrah. De aroma bastante complexo e com toques de especiarias. Estagiou em barrica novas de carvalho francês por 18 meses e 1 ano em garrafa. Um vinho mais potente e com mais estrutura que, sem dúvida, ainda irá evoluir na garrafa e ficará melhor se consumido em dois ou três anos.Recebeu o prêmio de um dos “Melhores do ano de 2013” da Revista de Vinhos (Portugal) e “Melhores Vinhos do Alentejo de 2013” . Está à venda por R$196.
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