Uma das dúvidas mais frequentes para quem começa a beber vinho está relacionada à diferença entre tanino e acidez. Em post publicado aqui no blog, eu expliquei bem direitinho o que são os taninos e para que servem (relembre aqui), mas agora vou sintetizar e compará-lo à acidez para tentar esclarecer de forma prática a diferença entre cada um desses compostos do vinho.
Bem, o tanino é, de forma bem objetiva, aquela substância encontrada nos vinhos tintos que provoca uma sensação de amargor e de “travamento” da língua, igual a que acontece quando se come uma banana verde. O tanino é muito mais perceptível nos vinhos tintos, pois, como nos brancos a fermentação acontece, em geral, sem a presença das partes sólidas das uvas (inclusive casca), esse componente aparece em quantidades mínimas sendo difícil detectá-lo.
Já a acidez é aquela sensação de salivação nas laterais da gengiva, algo como se tivéssemos chupando um limão. Todos os vinhos contém uma variedade de ácidos naturais, principalmente o ácido tartárico, o málico, o láctico e o cítrico. Além de evitar que o vinho se estrague durante a fermentação, os ácidos contrabalançam a doçura do vinho e lhe conferem equilíbrio e um gosto mais fresco. A acidez equilibrada é bem vinda tanto em vinhos tintos como em vinhos brancos. Nos brancos, particularmente, é essencial para para garantir a refrescância.
Então, quando você for degustar um vinho, preste bastante atenção a essas sensações percebidas na boca. Se você sentir secura após degustá-lo, então, estará apreciando um vinho tânico. Caso você salive, estará diante de um vinho ácido. Vale lembrar que um não exclui o outro e que o mais importante é o equilíbrio tanto do tanino quanto da acidez. É importante também saber que vinho com excesso de tanino é chamado de “duro” e um vinho sem acidez é conhecido como “chato“.