Estimada em ter sido usada há 2.200 atrás, a embarcação comercial localizada nas águas do Mar Mediterrâneo, a 92 metros de profundidade, na costa siciliana (Itália), foi descrita descrita pelas autoridades locais como “um dos achados arqueológicos mais importantes dos últimos anos”. O navio continha uma carga de vinhos de ânfora preciosíssimo, cujo processo de produção remonta à Roma Antiga (753 a.C. a 476 d.C.). A embarcação foi encontrada no final do mês de julho.
É possível observar as garrafas de bebida através de imagens captadas por um robô submarino. O equipamento aquático foi comandado a partir do navio oceanográfico Calypso South, que pertence à Agência Regional para a Proteção do Ambiente da Sicília (Arpa). Vincenzo Infantino, presidente da entidade, falando para a mídia italiana Ragusa News, observa que o monitoramento das águas enriquece as belezas do mar siciliano em muitos aspectos não só em termos de espécies e recursos ambientais, mas também da recuperação de elementos essenciais para a reconstrução da história do mar. Valeria Li Vigni, superintendente do mar da Sicília que contribuiu com a expedição marítima, comentou ao jornal britânico The Guardian que a região do Mediterrâneo oferece elementos sobre essa história ligada ao comércio marítimo continuamente, e diz que agora, com essa descoberta, saberemos mais sobre a vida a bordo e as relações entre as populações costeiras.
Os pesquisadores planejam, com a descoberta, entender melhor como era a rota de comércio do Mediterrâneo onde os romanos comercializavam temperos, vinhos, azeite e outros produtos em direção a outras regiões da Europa, norte da África e Oriente Médio. Por conta da antiga tradição marítima da Itália, existem inúmeros outros naufrágios romanos em toda a região mediterrânea. Todos os anos, centenas de ânforas de vinho romanos, retirados ilegalmente dos sítios arqueológicos, são apreendidos pela polícia italiana nas casas de negociantes de arte. Em junho, por exemplo, as autoridades italianas recuperaram centenas de achados arqueológicos coletados ilegalmente de um colecionador belga, que datam do século VI aC e no valor de € 11 milhões.
Fonte: Italianismo
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