O consumo do vinho rosé vem crescendo cada vez mais, ano a ano pelo mundo. Durante muito tempo eram pouco apreciados, especialmente se comparados aos demais tipos de vinhos. Os rosés são feitos de uvas tintas, porém sofreram pouca interferência de cor graças a algum processo empregado pelo produtor, ficando assim com uma coloração rosada e uma aparência entre os tintos e os brancos, podendo variar entre mais escuro ou claro. É comum que apresentem notas de frutas vermelhas frescas e flores, com algumas nuances de frutas brancas, cítricas, vegetais e especiarias. Tanto as características visuais quanto gustativas estão geralmente relacionadas às uvas utilizadas no processo de produção, a garnacha, por exemplo, é muito famosa entre os rosés da Provence e do Rhône, na França, e também na Espanha.
O vinho rosé, assim como o vinho tinto e o vinho branco, tem uma metodologia que nos permite obter um vinho que vai do rosa claro ao rosa escuro, o que não é nada simples e até tem sido um desafio para algumas grandes vinícolas. Há quatro principais métodos de produção, e cada um gera estilos de bebidas bem diferentes.
Método Saignée ou sangria
Esse é o método mais nobre, e funciona da seguinte forma: pouco tempo após prensagem das uvas (entre 2 horas e 2 dias), o produtor escorre e separa uma quantidade do líquido que ficou em contato com as cascas. Essa parte, que tem uma coloração rosada, é levada para ser fermentada e dar origem a um vinho rosé. O ponto positivo desse método é que o líquido que não foi escorrido ainda pode ser utilizado para fazer um vinho tinto. Nesse caso, como há proporcionalmente uma maior quantidade de frutos e cascas em contato com o mosto, a bebida ficará mais encorpada e concentrada. Trata-se de um método muito praticado por produtores que fazem grandes tintos, ocupando até 10% da produção total da vinícola.
Método de corte ou blend
Muitas vezes, na elaboração de vinhos, é feita a mistura do suco mais um tipo de uva, prática conhecida como corte, blend ou assemblage. Também é possível utilizar essa técnica para fazer rosé. Pra isso, é misturada uma pequena parte de suco de uvas tintas (cerca de 5%) em uma grande parte do líquido extraído de uvas brancas. É um método atípico, sendo mais usado na produção de alguns espumantes rosé.
Método de prensagem lenta
Consiste em comprimir as uvas vagarosamente, e os rosés feitos dessa forma são mais claros e possuem sabores e aromas delicados. Após a colheita das uvas, elas são levadas a tonéis de inox onde são prensadas. Assim, liberam seu suco, e quanto mais tempo ficam em contato com a casca, mais escuro esse líquido fica. As cascas não são rompidas todas de uma vez e influenciam menos a coloração da bebida. Após o período da prensagem, que é definido pelo produtor, a bebida é levada para ser fermentada sem as cascas, para que não sofra mais interferência na cor.
Método de maceração curta
Esse é a forma utilizada na produção de grandes vinhos rosés franceses, como os das regiões de Provence e Languedoc-Roussillon. Esse método, além de ser o mais comum, possui a mesma ideia da prensagem curta, no entanto, o processo tem a ver com o tempo de contato do suco com as cascas. Após a prensagem, um vinho tinto pode passar semanas em contato com as cascas para que fique rubro, encorpado e tânico. Na hora de fazer um rosé com esse método, porém, o produtor diminui esse tempo para entre 2 a 20 horas. Assim, o vinho sofre influência das cascas das uvas por um pequeno período, o que lhe garante características visuais e sensoriais mais leves.
Curiosidades do Vinho Rosé
- É possível se produzir vinho rosé de praticamente qualquer uva do mundo
- Podem ser doces ou secos
- Se tiver dúvida, vá de vinho rosé francês, especialmente da região da Provença
- Vale a pena experimentar usá-lo para fazer cocktails
Mais informações sobre o vinho rosé acesse o site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho_ros%C3%A9
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