Quem quer aprender na prática as diferenças existentes entre vinhos produzidos em variadas regiões de um mesmo país, não pode perder a oportunidade de participar de degustações temáticas promovidas frequentemente por boas lojas de vinhos para divulgar seus rótulos. Caso, por exemplo, do Wine Tasting – Seleção Especial Itália – realizado pela Enoteca Decanter de Brasília no último dia 1º de agosto. Por apenas R$50,00, quem foi (eu, inclusive!) pôde degustar 50 ml de oito vinhos (entre R$94 e R$367) provenientes do Vêneto, Trentino, Toscana, Piemonte e Sardenha. Sem dúvida, ótima oportunidade de aprendizado e também de descontração pois, em eventos assim, a gente costuma encontrar muita gente interessante para fazer novas amizades.
Vinhos degustados – Quem participou do evento pôde apreciar os seguintes vinhos: Ferrari Maximum Rosé (R$243,50), Prosseco Extra Dry Dedin (95,95), Vermentino Occhi A Vento Rocca Delle Maccie 2013 (94,40), Pio Cesare Barbera d’Alba 2011 (186,70), Pio Cesare Il Nebbio Langhe 2013 (183,35), Dettori Tuderi Romangia 2007 (R$203,60), Chianti Classico Cellole Gran Selezione 2010 (R$245,85) e Brunello di Montalcino Caprilli 2008 (R$367,15). Vou falar de alguns que me chamaram à atenção. Confira abaixo:
Sobre o Ferrari Maximum Rosé – Esse espumante é produzido por uma vinícola com tradição de mais de 100 anos (Cantina Ferrari). Na verdade, ele é feito em Trentino no Norte da Itália usando o mesmo método de Champagne, isto é, com a segunda fermentação na garrafa. Apesar de a vinícola ter vários tipos de espumantes, o Maximum Rosé, para mim, é o melhor deles – Inclusive já havia falado isso aqui no blog (relembre). Ele é intenso, fresco e possui uma agradável mistura de frutas vermelhas com brioche. O interessante desse espumante também é o misto da cremosidade e mineralidade que apresenta. O preço (infelizmente…) também é de champanhe (R$243,50), mas o padrão é compatível, sem dúvidas.
Sobre os Pio Cesare – Os vinhos da Pio Cesare geralmente agradam muito. Inclusive, durante a degustação percebi que muitas pessoas elogiaram muitíssimo o Barbera d’Alba 2011 – vinho extremamente elegante, frutado (muitas frutas vermelhas!!!), fresco e muito persistente. No entanto, eu esperava um pouco mais do Il Nebbio 2013 produzido 100% com Nebbiolo. Amo os vinhos do Piemonte e acreditei que iria encontrar mais nariz e corpo nesse exemplar. Talvez minhas expectativas foram elevadas demais e, por isso, tenha me frustado um pouco.
Surpresa da Sardenha – A grande surpresa pra mim, no entanto, foi o Tuderi 2007 – “o vinho da Sardenha”. Experimentei esse vinho sem saber que era feito de Cannonao, a mesma Garnacha. Quando descobri, entendi o porquê de tanta complexidade aos sete anos de idade. Para mim um vinho interessantíssimo, não apenas por ser orgânico e não-filtrado, mas principalmente por contar com intensas notas animais sobrepondo intensamente seus aromas frutados originais. Detalhe, inclusive, que desagrada alguns, mas que para mim é prova cabal do que a Grenache é capaz de proporcionar em termos de evolução. Sem dúvidas, um vinhaço!
Brunello de Montalcino – Esse Brunello da Caprili mostrou em boca que ainda tem muito tempo de vida com tanino e acidez apresentando sinais de sintonia perfeita. Elegante, persistente, equlibrado, com ótima acidez e com muitas notas de frutas vermelhas e leves toques tostados. Enfim…um Brunello de Montalcino em sua plenitude.
Sobre a Decanter – Fundada em Blumenau, em 1997, a Decanter tornou-se uma das maiores e mais destacadas importadoras do Brasil. Seriedade, respeito ao cliente e uma política de preços convidativos têm sido alguns dos suportes desse crescimento, nos últimos 16 anos. A esmerada Seleção de Vinhos Decanter, no entanto, é o que dá corpo à empresa. A conhecida “Melhor Seleção” alavanca o crescimento e as ações da Decanter, que hoje tem mais de 50 distribuidores por todo o país, além da rede de Enotecas Decanter localizadas em diversas cidades brasileiras. Em Brasília, a Decanter está localizada na 208 Sul, bloco A.
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