Bodega Spinoglio: Vinhos, História e Enoturismo pertinho de Montevidéu

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Bodega Spinoglio: degustação, História e beleza

Spinoglio. Guarde o nome dessa vinícola (ou bodega como é chamada em espanhol), para você conhecê-la quando viajar para Montevidéu, no Uruguai. Ainda pouco conhecida no Brasil, pois seus vinhos ainda não são importados para cá, o local vai muito além de boas degustações. É História, beleza, enoturismo, festa, enologia e, sobretudo, tratamento diferenciado.

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Quando o Cristian Safie da Senderos del Tannat (agência de turismo que organizou meus passeios às vinícolas uruguaias),  me sugeriu um tour à Bodega Spinoglio, confesso que eu não esperava muito. Ao chegar no lugar, me surpreendi. A vinícola, que está situada ao norte da capital, em Cuchilla Pereyra, faz fronteira com Canelones, e fica 40km de Montevidéu. Possui uma construção centenária erguida em 1898 pelo italiano Dom José Campomar que concede certa magia à propriedade. Em 1961, a sede original foi adquirida pela família Spinoglio.

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O local possui uma construção centenária erguida em 1898 pelo italiano Dom José Campomar, que também já produzia vinho.

Passeio pelo tempo

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Vinícola datada do século XIX há poucos quilômetros de Montevidéu

Como a vinícola data do século XIX, há ainda muito do maquinário daquela época por lá: um patrimônio riquíssimo para vitivinicultura. A ideia dos atuais administradores da propriedade, Diego Spignolio e sua esposa Alejandra Bruzzone, que é arquiteta, é revitalizar tudo e criar um museu para os visitantes. De toda forma, hoje já é possível passear por entre os antigos instrumentos de trabalho, apreciá-los e ainda fazer belas fotografias.

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Conhecendo os vinhedos da Bodega Spinoglio

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Recebendo um pouquinho de aula de Enologia (in loco) na Bodega Spinoglio com Diego e Alejandra Bruzzone

Ao ser convidada para conhecer os vinhedos, Diego me deu uma rápida aula de Enologia. Falou sobre poda, manejo, forma de condução. Algo que comumente faz com todos que visitam o local, já que o Enoturismo é ponto alto da Bodega Spinoglio, que está acostumada a  receber turistas de diversas partes do Uruguai e do mundo, e repassar um pouco da cultura vitivinífera adquirida por gerações.  Inclusive  o fato de ter comprado junto com a edificação e os máquinários, os vinhedos do local, localizados em uma altura superior à da média da região (dizem que excelente para viticultura), fato que deu origem a linha de vinhos finos da bodega:  “Terra Alta”. Os interessados em visitar o local podem fazer o agendamento pelo site da empresa ou por meio da Senderos del Tannat.

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Algumas parcelas não vitis viniferas foram mantidas para manter a tradição e história do local. Detalhe para os troncos largos dessa vinha centenária

Como até os anos 80, vinho fino não era algo muito comum pelo Uruguai, Diego se desfez de todos os vinhedos considerados inadequados para produção de vinhos de  qualidade e deixou somente algumas parcelas com mais de 100 anos de idade a título de referência histórica.

Bodega Spinoglio: lugar especial

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A Bodega Spinoglio tem amplo e belo espaço para realização de festas ao ar livre

Como o espaço é muito bonito, verde, amplo e agradável, eles também o alugam para a realização festas de casamento, piqueniques e etc. A agenda é bastante procurada. E o melhor: os interessados podem escolher fazer um evento ao ar livre ou na maravilhosa e histórica cave subterrânea, com tetos suspensos por pilares de ferro e com temperatura incrivelmente perfeita para armazenamento. Num local que ainda existem velhas e enormes barricas de madeira provenientes de Nancy na França e que hoje servem apenas como decoração do ambiente. O aluguel do espaço  para festas também deve ser feito pela site da vinícola.

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Enormes barricas de carvalho francês vindos diretamente da França deixam a cava subterrânea ainda mais especial – As peças são apenas decorativas. No local são realizados festas e jantares especiais.

Degustação dos  vinhos da Bodega Spinoglio

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Linha Terra Alta, em razão da altitude do terreno das vinhas e o especial Tonel Diez.

Depois de conhecer e me apaixonar pela Bodega Spignolio (e por seus donos super atenciosos e simpáticos), fui degustar os vinhos. Degustei toda a linha Tierra Alta, dos vinhos de entrada aos mais bem trabalhados e amadurecidos em barricas francesas e americanas. O destaque foi para o corte Merlot/Tannat. Detalhe: Alejandra não saiu na foto porque fez questão que o Guilherme (fotógrafo) aparecesse. Também o Cristian da Senderos del Tannat.

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Brindando os vinhos da Bodega Spinoglio e as novas amizades

Ainda experimentei, em primeira mão, um Chardonnay sem passagem em barricas (ainda sem rótulo) e outro com passagem. O primeiro, mais frutado e fresco e perfeito para saladas e frios; o segundo, mais untuoso na boca pede uma comida com molhos brancos.

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Tonel Diez Corte Único – Para fechar com chave de ouro experimentei o Tonel Diez Corte Único. Um vinho que retoma a tradição familiar de cortar os melhores vinhos tintos de diferentes colheitas, marcados com a expressão do terroir da Spignolio e “as bondades de uma cuidada cava centenária”. Adorei o vinho. Adoro exemplares restritos e cheios de história como esse.

Senderos del Tannat

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Essa empresa é a única de Montevidéu especializada em enoturismo. O apoio deles foi fundamental para que eu pudesse conhecer vários lugares em pouquíssimo tempo. Eles possuem serviços de vans e também de carros exclusivos e oferecem ainda uma série de roteiros enogastronômicos. Vale uma visita ao site da empresaque aliás está todo reformulado e muito fácil de navegar, para conferir serviços, preços e prazos antes de ir a Montevidéu. Ah! Detalhe importante: a Senderos del Tannat irá lançar no dia 29 de outubro de 2016 um Clube de Vinhos no Uruguai e adivinha onde será o jantar de lançamento? Na Bodega Spinoglio, claro!

 

Mais fotos da Bodega Spinoglio (Fotos: Guilherme Penchel/Tratamento: Claudio Cabrito)

Fotos da Bodega Spinoglio

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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