Dia desses tive o prazer de participar de uma degustação, oferecida pela Top Wines Importadora, ao lado de renomados sommeliers de Brasília, como Leonildo Santana (Dom Francisco Asbac), Joaldo Lima (Dom Francisco 402 Sul), Patrick Lima (Gero), Cintra Neto (Bar do Alemão) e dos colunistas de vinho Su Maestri (Meia Taça) e Guilherme Mair (Um papo sobre vinhos). Juntos, em um final de tarde muito agradável no restaurante Dom Francisco da Asbac, às margens do Lago Paranoá, pudemos apreciar nove vinhos de excepcional qualidade tanto do Novo quanto do Velho Mundo.
Viagem de Aromas e Sabores – Iniciamos na região francesa da Borgonha com um Pouilly Fuisse Georges Duboeuf 2011 (R$130,00) e um Bourgogne Pinot Noir Olivier Leflaive 2010. Seguimos para Beaujolais, com um Fleurie Georges Duboeuf 2011 (R$89,00) e depois para Côtes du Rhône, com um E.Guigal 2009 (R$89,00). Em seguida, deixamos a elegância francesa e avançamos para a charmosa Toscana, na Itália, apreciando um leve e frutado Chianti Gabbiano 2010 (R$65,00). Finalizamos a degustação na Argentina. Primeiro em Neuquén, na Patagônia, com um delicioso Malma Finca La Papaya 2010 (R$62,00) e depois, em Mendonza, com um excepcional Punto Final Malbec 2012 – etiqueta negra (R$49,90) e um Punto Final Malbec 2012 – etiqueta branca reserva (R$78,80).
Destaques – Como em toda degustação, há vinhos que se destacam mais do que outros, independentemente do preço ou da procedência, mas por realmente surpreenderem no paladar. Registro aqui a leveza do Fleurie AOC, um beaujolais produzido por Georges Duboeuf que encanta pela delicadeza, aromas de frutas vermelhas e muita persistência em boca. Para quem não sabe, este é um beaujolais de qualidade superior proveniente das colinas graníticas do norte da região. A área de produção ou village, chamada de Fleurie, é reconhecidamente destaque entre os beaujolais, e por isso, é conhecida por Cru. Em geral, um beaujolais deve ser apreciado no mesmo ano em que é produzido; exceção para os beaujolais crus que podem ser envelhecidos na garrafa, de 5 a 7 anos, e tornam-se melhor com o tempo.
Outro destaque, que particularmente, vai ao encontro do meu gosto pessoal pelas especiarias, complexidade e persistência é o Côte du Rhône. Elaborado com as uvas por Etienne Guigual (juro que o nome do produtor não interferiu na preferência !!!) esse para mim foi melhor entre todos. Elegante e com taninos macios, notas de ameixa e de especiarias com final de boca prolongado – Syrah, Grenache e Mourvèdre: amei! No nariz, complexidade e em boca frutas negras e toques de pimenta.
Custo x benefício – Não poderia deixar de citar também o Punto Final Malbec – etiqueta negra. Mais do que sua versão superior (etiqueta branca), este vinho com notas de amoras e pimenta me surpreendeu pelo notável equilíbrio entre os taninos e a delicada presença de madeira – sem dúvida, um excelente argentino a um ótimo custoxbenefício.
Comentários