No dia 7 de novembro participei de uma degustação bem bacana da vinícola sul africana Nederburg, com a presença da enóloga Elmarie Botes, na Super Adega em Brasília, organizada pela importadora Porto a Porto.
O evento marcou o lançamento do seu vinho elaborado com a Chenin Blanc, a casta mais plantada e uma das mais famosas da África do Sul. É uma variedade bem versátil, podendo ser utilizada para produzir vinhos doces, secos tranquilos e espumantes.
Sobre a vinícola, já contamos um pouco da sua história, que é muito interessante, nesse texto publicado aqui no blog.
Esse foi um dos motivos que tornou esse evento tão legal. Eu já tinha estudado sobre a história do produtor e tive a oportunidade de conversar com mega simpática enóloga Elmarie Botes sobre seus vinhos. Ela me contou que não é mais tão comum chamar a Chenin Blanc de Steen, conforme a gente aprende nos livros por aqui 😊
Sobre o evento
Vou focar mais no Chenin Blanc, que era a estrela da noite. Trata-se de um vinho da linha The Winemasters, que reúne vinhos varietais de qualidade, e foi batizada em homenagem à tradição de produção de vinhos da Nederburg.
O vinho degustado era da safra de 2017. A fruta provém das regiões de Darling e Paarl. As vinhas de Darling, foram cultivadas em uma altitude de 200 a 350 metros num solo granítico. O vinhedo em Paarl é cultivado em solos arenosos e de granito.
A fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável e permanece em contato com as borras durante 3 a 6 meses antes do engarrafamento e uma pequena parte do vinho (10%) passa por carvalho.
O vinho valeu a pena! É o estilo de vinho que gosto para beber em Brasília quando o tempo está quente. Apresentou boa intensidade aromática, com notas de pêssego e frutas brancas. É um vinho bem fresco com acidez média mais e de corpo médio menos. Boa persistência no final. Preço Médio: R$ 70 – 90
Também degustei outros vinhos da Nederburg.
É um pouco mais fresco e com a acidez um pouco mais vibrante que o da safra de 2017, que eu já tinha avaliado antes. Muito bom também e deu para perceber que ele ganha um pouquinho de complexidade com um tempinho na garrafa. Preço médio: entre R$70 – 90
The Manor House Shiraz, 2013 também me chamou atenção.
Para quem gosta de um vinho potente, esse aqui não decepciona. Muita fruta negra, pimenta negra, tostado e café. É um vinho em que a madeira é bem presente. Os taninos são marcantes e acidez é média. O final é médio. Ele amadurece em barricas de carvalho (primeiro, segundo e terceiro uso) por 27 meses. É um vinho que deve harmonizar bem com pratos mais fortes, com cordeiro por exemplo. Preço médio: R$ 130 – 140
Gostei muito da degustação! É sempre uma oportunidade única conversar com os responsáveis pela elaboração dos vinhos, tirar dúvidas e descobrir novas informações e curiosidades sobre a região que produz os vinhos que bebemos por aqui. Quem sabe minha próxima viagem não será para a África do Sul?