Participei nesta semana de uma degustação de vinhos promovida pela importadora Vinos e Vinos. O evento aconteceu na Adega Baco – na 101 do Setor Sudoeste em Brasília – e reuniu alguns jornalistas, blogueiros e enófilos. A apresentação dos vinhos foi realizada por Alexandre Santucci, especialista, consultor de vinhos e autor do livro Descomplicando o Vinho.
Première Bulle Fushia n.1 Brut – Mais pela história do que pelo vinho, gostei de conhecer esse espumante. Ele é produzido na região de Limoux, no sul da França, e é considerado o descendente legítimo do primeiro vinho espumante do mundo. É conhecido também como Blanquette de Limoux. Esse espumante possui perlage finas e persistentes e é bastante refrescante com notas de flores e frutas brancas. Como eu prefiro o sabor de leveduras e pão, típico dos champanhes, achei o Première Bulle muito delicado para meu paladar, mas ideal para quem aprecia vinhos espumantes mais frescos e frutados e a um preço justo. O Première Bulle Fushia n.1 Brut é comercializado por R$92,00 na Adega Baco. Um detalhe interessante aprendido na noite: para ser considerado um blanquette é necessário que haja refermentação natural na garrafa e ainda possuir 90% da variedade local de Limoux: a uva Mauzac.
Domaine Pierre Andre Chablis 2011 – Um branco de primeiríssima qualidade produzido na Borgonha pela Domaine Pierre Andre na Colina de Milagres, local onde são encontrados elevados padrões naturais para elaboração de bons vinhos. 100% Chardonnay (a única permitida para os Chablis), este vinho é bastante fresco e macio com notas de damasco. Também senti um delicioso toque mineral, algo que adoro nos bons Chablis. Um vinho perfeito para ser degustado com um queijo brie. Algo que, com certeza, vou fazer na próxima ocasião que degustá-lo. Preço:R$149,00
Côtes-du-Rhône Villages 2012 – Para mim, este foi o melhor da noite e, incrivelmente, o mais barato dentre os degustados (R$90,00). Composto 80% de Grenache e 20%de Syrah, é produzido pela renomada Domaine de Cristia no Vale do Rhone. Macio, equilibrado, com notas de pimentas e especiarias e final persistente. Eu diria que é praticamente um “Chateauneuf du pape econômico” por sua elegância e estrutura…amei!
Descomplicando o vinho – Ao final da degustação, Alexandre Santucci falou um pouco sobre o recém-lançado livro “Descomplicando o Vinho“, fruto de uma ideia nascida em 2001, e fez questão de lembrar, mais uma vez, que não é preciso ser um especialista para gostar de vinhos. O Descomplicando o Vinho foi lançado oficialmente, este mês, no Espírito Santo e em São Paulo.