Uma séria quebra de safra afetou a Itália em 2023, resultando na perda de sua posição de liderança no mercado mundial de vinho. Com uma queda de 23% no volume de vinho produzido, o país abriu espaço para que a França retomasse o primeiro lugar, após sete anos de rivalidade. Historicamente, França e Itália competem não apenas pela qualidade, mas também pela quantidade de vinho elaborado.
Dados divulgados em abril pela Organização Internacional do Vinho (OIV) revelam que os vitivinicultores franceses, com um aumento de 4% em relação a 2022, produziram 48 milhões de hectolitros de vinho, enquanto os italianos produziram 38,3 milhões. A Espanha permaneceu em terceiro lugar, com 28,3 milhões de hectolitros, seguida pelos Estados Unidos, em quarto lugar, com 24,3 milhões.
Na América Latina, o maior produtor é o Chile, com 11 milhões de hectolitros (classificado em 5º lugar mundial), seguido pela Argentina, com 8,8 milhões (8ª posição). O Brasil ocupa o 14º lugar global, com 3,6 milhões de hectolitros.
A safra de 2023 foi uma das piores da história da Itália, ao lado de 1948, 2007 e 2017, de acordo com a Coldiretti, organização que representa os agricultores do país. As mudanças climáticas resultaram em um inverno seco, chuvas de granizo e ondas de calor extremo, que afetaram negativamente o rendimento italiano.
Embora não tão severa quanto na Itália, houve uma contração na produção de vinho em todo o mundo. A OIV registrou 237 milhões de hectolitros, uma queda de 10% em relação a 2022. Os países mais afetados foram Espanha, Austrália, Argentina, China e Grécia.
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