A Apromontes (Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes) está atualmente em processo de renovação do Selo de Indicação de Procedência para seus novos rótulos. Essa certificação foi conquistada após um rigoroso processo de qualificação dos vinhos e, desde 2020, os produtos das vinícolas associadas ostentam o selo “IP Altos Montes”.
Nos últimos meses, foi feita uma nova degustação para revalidar os selos de algumas safras, sendo que os últimos rótulos a serem definidos foram “Vinho Fino Tinto Seco de Guarda Pinot Noir 2022”, da Luiz Argenta Vinhos Finos, “Vinho Fino Branco Seco Chardonnay 2021” e “Vinho Fino Tinto Seco de Guarda Tannat 2021”, da Vinhos Fabian, “Vinho Fino Tinto Seco de Guarda Pinot Noir 2020” e “Vinho Fino Tinto Seco de Guarda Cabernet Franc 2020”, da Vinhos Viapiana.
“A conquista do registro, além de facilitar a venda do produto e exportação, é um fator determinante para garantir a qualidade do vinho e sua valorização, dar visibilidade para as vinícolas, assim como promover a região como local de produção de vinhos finos”, destaca o Coordenador da Indicação de Procedência da Apromontes, Giovani Fabian.
De acordo com Giovani, para a obtenção do atestado de IP foi necessário muito trabalho, através de visitas, levantamento de dados, avaliações, entre outras ações que tiveram como objetivo verificar a potencialidade para consolidar a região como área de produção de vinhos de qualidade. “O resultado deste processo, com a liberação do certificado, que recebemos com muito orgulho e alegria, representou um novo patamar para a atividade vitivinícola da região”, ressalta.
O Selo atesta que o produto foi produzido dentro de um padrão próprio de qualidade e em uma região específica, sendo que o “IP Altos Montes” corresponde ao terroir da região que abrange Flores da Cunha e Nova Pádua, na Serra Gaúcha. Cada indicação de procedência tem o seu órgão regulador, que controla todas as informações e critérios a serem seguidos para garantir a qualidade do produto, conferindo se está de acordo com o determinado para obter a certificação.
Entre o cadastramento do vinho e a obtenção da Indicação de Procedência existem diversas etapas, contando com avaliações laboratoriais e sensoriais/degustativas. A última é feita por um comitê, formado por sete membros, que devem avaliar o vinho e votar se o produto deve ou não receber o certificado de procedência.
“Todo esse processo valoriza muito o vinho, diante da busca por máxima qualidade, mas valoriza principalmente a região. É feito um trabalho intenso para verificar ainda quais as castas que mais se destacam, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Tannat, Chardonnay e Pinot Noir, pois dessa forma, futuramente teremos uma que seja reconhecida como a ‘casta da região’. Assim, todo esse processo é muito importante em questão de qualidade e desenvolvimento”, afirma Giovani Fabian.