Nesta terça-feira, 04, a ABRABE – Associação Brasileira de Bebidas promoveu um treinamento contra o mercado ilegal de bebidas alcoólicas no Centro Nacional de Difusão de Ciências Forenses, da Polícia Federal, em Brasília. O evento, organizado pela Diretoria Técnico-Científica da PF, teve como objetivo a troca de experiências entre as autoridades, para que elas reconheçam, em poucos minutos, os produtos adulterados, falsificados, contrabandeados ou descaminhados. Ao todo, participaram mais de 40 representantes de perícias das Polícias Federal, Civil e Rodoviária, tanto no ambiente digital quanto presencial.
A presidente-executiva da ABRABE, Cristiane Foja, agradeceu pessoalmente o trabalho das frentes de enfrentamento e repressão contra a ilegalidade no setor de bebidas alcoólicas e apresentou os principais números sobre o mercado ilegal compilados na ABRABE. Segundo o Relatório Geral de Apreensões da entidade, nos últimos cinco anos, em média, 35% das bebidas apreendidas pelas autoridades e informadas à ABRABE eram falsificadas, enquanto 65% eram provenientes do contrabando e descaminho.
“Além de prejudicar economicamente o setor, o mercado ilegal de bebidas alcoólicas traz riscos ao consumidor e o pior deles é o risco de morte. Por isso, os treinamentos são tão importantes para que esses profissionais possam identificar rapidamente se aquela bebida é ou não ilegal. A união entre a ABRABE, Polícia Federal e demais órgãos de repressão é crucial para agirmos com eficiência contra essa grave ameaça”, ressalta a presidente-executiva da associação, Cristiane Foja.
A sociedade também tem papel fundamental neste combate, com uma atitude responsável seja na escolha do seu canal fornecedor até o descarte adequado da garrafa vazia, que, em mãos erradas, vira insumo para a falsificação. Por isso, a entidade reforça algumas dicas na hora de comprar bebidas alcoólicas, como escolher canais de venda de confiança, desconfiar de preços muito abaixo da média de mercado, verificar se o contrarrótulo está em português e se possui o registro do MAPA ou, ainda, se embalagem está em boas condições e se o lacre não apresenta nenhum sinal de violação.
Os consumidores que se depararem com esse tipo de crime podem denunciar pelo e-mail denuncie@abrabe.org.br.
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