A Fiano, junto com a Greco, são as uvas que dão os nomes aos melhores vinhos brancos da região da Campania na Itália: 1 – Greco di Tufo DOCG, porque ela é produzida nos arredores vila de Tufo, daí o nome. É muito comum encontrar vinhos com acidez alta, com aromas cítricos, maçã verde, amêndoas, frutas de caroço e quando envelhecidos, podem apresentar aromas de mel e cogumelos. 2 – Fiano di Avellino DOCG, da comuna de Avellino, que produz vinhos de corpo médio a alto, acidez média e aromas de frutas de caroço, flores, frutas tropicais, especiarias, mel, mineralidade e quando envelhecidos podem apresentar aromas de mel e notas defumadas.Normalmente esses vinhos são fermentados em tanques aço inox, mas alguns produtores utilizam madeira usada e battonage para conceder mais complexidade aos vinhos.
Produtor
Sobre o produtor, Mastroberardino, é um dos grandes da região! Ele foi responsável pelo renascimento da Fiano a partir da década de 70, quando sua vinícola foi a pioneira no cultivo de castas tradicionais e que estavam esquecidas na Campânia. Uma dica: procurem o Taurasi Radici dele!
Também é possível encontrar a Fiano em outras regiões. Por exemplo, a Planeta e a Settesoli, na Sicília estão produzindo vinhos varietais dessa uva.
Sobre o vinho da foto! É da linha Radici da safra 2016, foi fermentado em tanques de aço inox e amadurece durante 3 a 4 meses em garrafa antes de ser liberado para comercialização. A cor é amarela dourado. Boa complexidade aromática! Foi possível perceber um leve abacaxi e outras frutas tropicais, pêssego, um pouco de mel e um leve um tostado. Corpo médio pra alto. Acidez e final médio. Comparando com o Fiano di Avellino DOCG, que eu degustei quando estive lá, percebe-se que esse é bem mais complexo e possui mais corpo! Excelente vinho! 🙂
Para quem ficou curioso, aqui vão alguns exemplos de bons produtores da Fiano na Itália e fora da Itália, de acordo com o livro Grapes & Wines do Oz Clarke (infelizmente não tive oportunidade de degustar todos para opinar ): Austrália: Coriole, Fox Gordon, Jacob’s Creek; Italia: Colli di Lapio, Di Majo Norante, Ferrara, Feudi di San Gregorio (já li que faz o Fiano di Avellino referência) Mastroberardino, Paternoster, Planeta, Giovanni Struzziero, Terredora e Vadiaperti.
Fiano di Avellino e Greco di Trufo
Por fim, uma curiosidade, quando degustei a Fiano di Avellino DOCG pela primeira vez, tive a oportunidade também de experimentar a Greco di Tufo DOCG, ambas do Mastroberardino e da mesma linha. Comparando os dois vinhos, o Greco di Tufo me encantou pela intensidade aromática, com notas minerais, cítricas e frutas tropicais, além da alta acidez. Também é um excelente vinho! Esses dois vinhos podem ser encontrados na Mistral!