Vinhos da Puglia surpreendem em degustação da Varvaglione

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Evento organizado pela Domno Importadora e Pires de Sá Vinhos no restaurante Oliver, em Brasília, para apresentar vinhos da Puglia, produzidos pela premiada Vinícola Varvaglione

No dia 10 de maio,  tive a oportunidade de participar de um almoço promovido pela importadora Domno, do grupo Famiglia Valduga,  e pela Pires de Sá Vinhos.  O objetivo do evento foi apresentar para a imprensa de Brasília os vinhos produzidos pela vinícola italiana Varvaglione, uma das mais antigas e premiadas da Puglia. Quem veio diretamente da Itália para exibir os produtos e conduzir a degustação foi a bela e simpática proprietária da vinícola,  Marzia Varvaglione. O evento aconteceu no restaurante Oliver, em Brasília.

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Marzia Varvaglione veio para o Brasil pela primeira vez para divulgar os vinhos da Puglia e da vinícola Varvaglione

Grande Potencial

Para quem não sabe, a Puglia (ou Apúlia em português) fica no sul da Itália. É o “saltinho da bota”. Essa região foi esnobada por grandes produtores de vinho de todo o mundo durante muito tempo mas, agora, o local tem despertado o interesse de muita gente, sobretudo pelas condições naturais e, também, por ter uma legislação mais flexível do que outras tradicionais regiões italianas, como Toscana e Piemonte. Sem dúvidas, é uma área com grande potencial que cada vez mais vem substituindo a quantidade pela qualidade.

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Tradição e Modernidade

Os vinhos da Varvaglione me surpreenderam muito durante a degustação e acredito que a vinícola representa muito bem essa transição e “nova fase” da Puglia. Segundo informou Marzia Varvaglione, a empresa investe em tecnologia e também em parcerias com pesquisadores de renomadas universidades italianas. Com certeza, a aliança entre o tradicional e o moderno tem apresentado excelentes resultados, os vinhos realmente são muito bons. Sem exceção.

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Vinícola Varvaglione – tradicao e modernidade aos vinhos da Puglia

Avaliação

Segue, abaixo, minhas impressões sobre os vinhos degustados.

Malvasia de Salento – Vinho extremamente refrescante com notas marcantes de frutas tropicais (toques de maracujá evidentes, e bem agradáveis). Sem dúvidas, um vinho bem elegante, fácil de agradar e de harmonizar. Boa acidez e persistência. Preço médio de mercado – R$69. Ficou delicioso acompanhado de uma Caesar Salad.

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Chardonnay di Puglia Marfi – Um Chardonnay que foge ao tradicional. Esse é bastante frutado, com bastante destaque para banana e um pouco de papaya (sem dúvidas, pelo clima mais quente da Puglia); acidez média e intensa salinidade no retrogosto tornando o vinho ainda mais exótico e diferenciado dos Chardonnays tradicionais. Eu adorei esse vinho e achei o preço médio (mercado) muito justo: R$70,00. Perfeita companhia para um risoto cítrico com camarões.

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Dois primitivos italianos bem diferentes – O Moi (R$76) é um Primitivo típico – com notas de frutas vermelhas e negras maduras, especiarias e final de boca doce. Agora, o 12 e Mezzo Primitivo (R$106) é bem diferenciado pela mineralidade que traz e, principalmente, pela salinidade que no fim de boca. Também tem muitas notas de chá preto que mascaram a maturidade do aroma e sabor das frutas vermelhas e negras. Muito interessante a comparação entre os dois Primitivos para perceber o poder do terroir no resultado final dos vinhos.

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Papale Linea Oro Primitivo de Manduria – O Primitivo de Manduria representa o melhor da Puglia. E o Papale Linea Oro da Varvaglione é o vinho ícone da vinícola. Sem dúvidas,  é ex-ce-len-te! Intenso, complexo, encorpado, equilibrado e com taninos macios. Recebeu 90 pontos de Parker e 98 do italiano Luca Maroni. Possui notas de ameixa, figo, chá, retrogosto doce e uma ótima persistëncia. Um vinhaço de excelente preçoxqualidade (R$190 – preço Brasília). Recomendo demais. É realmente surpreendente! Agora uma curiosidade – a vinícola Varvaglione escolheu o nome “Papale” como dedicatória à eleição do Papa Bento XIII, originário da Puglia, e o rótulo conta um pouco desta história.

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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