
Recentemente tive a oportunidade de visitar o Vale dos Vinhedos – um polo brasileiro de produção vitivinícola (de uvas e vinhos) localizado a 130 km de Porto Alegre e formado pelos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. A região é a única do país a poder ostentar, desde 2012, selo de denominação de origem em produtos que obedecem a regras específicas relacionadas tanto ao cultivo da uva quanto à elaboração do vinho – a exemplo de países historicamente produtores da bebida.
O fato é que existem vinhos brasileiros de qualidade excepcional sendo produzidos por vinícolas da Serra Gaúcha – o Lote 43 da Miolo, o DNA 99 da Pizzato e o espumante Maximo Boschi Speciale, da Maximo Boschi são, com certeza, produtos nacionais que fazem bonito em qualquer degustação.

Durante os seis dias que estive no Vale (três dos quais participando de curso de vinhos), visitei vinícolas familiares e de renome internacional, degustei inúmeros vinhos – inclusive de uvas que nunca havia ouvido falar antes, como a Teroldego, e conversei com diversos enólogos e proprietários de vinícolas. Tive a oportunidade de ouvir também muitas histórias e perceber que a produção de uvas e vinhos na região é muito mais do que uma atividade econômica. É uma questão de amor à terra, à família, à uva e, ao mesmo tempo, uma forma de manter o legado histórico deixado pelos italianos que chegaram à região em 1875.
Para quem aprecia o vinho, seja ele tinto, branco ou espumante, a visita ao Vale dos Vinhedos é imprescindível por ser extremamente didática. As mais de três dezenas de vinícolas existentes no local oferecem visitas guiadas às áreas de processamento de vinhos durante o ano todo, sem a necessidade de agendamento prévio para pequenos grupos. Também são realizadas degustações dos vinhos, sempre

Durante minha estada fiquei hospedada em dois locais diferentes – Hotel Lagheto Viverone, no Centro de Bento Gonçalves, e na Pousada Castello Benvenutti, na entrada do Vale dos Vinhedos – os dois hotéis, com diárias em torno de R$220,00 para o casal, atenderam muito bem minhas expectativas. A pousada se destacou por ser mais aconchegante e acolhedora e, também, por oferecer um café da manhã delicioso. Dentro do Vale também existem algumas opções bem bacanas de hospedagem, como: o Hotel e Spa do Vinho, a Pousada Villa Valduga e a Pousada Borgheto Sant´Anna.

Aqueles que são fãs de harmonizar um bom vinho com uma boa comida, não podem deixar de visitar o Vale sem conhecer também os seguintes restaurantes: Mamma Gema – com uma sequência de massas, risotos e grelhados inesquecível e a Casa Madeira – com uma boa sugestão de codorna e polenta mole deliciosas. Na cidade de Bento Gonçalves, a grande pedida é o Canta Maria, com pratos à la carte, grelhados ou sequência de comida típica italiana.
Para saber mais acessa a página do Vale dos Vinhedos na Internet.