Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) publicaram recentemente no periódico Australian Journal of Grape and Wine Research um estudo em que classificam os vinhos da América do Sul segundo sua funcionalidade. O estudo envolveu mais de 600 vinhos produzidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile e mediu parâmetros como a capacidade antioxidante da bebida (que previne o envelhecimento precoce), concentração de substâncias fenólicas (com ação anti-inflamatória), concentração de antocianinas (substância arroxeada do grupo de flavonóides) e a cor (quanto mais escuro, melhor o vinho para a saúde).
No total, foram 666 garrafas analisadas, sendo metade da safra 2009 e metade da safra 2010 com preços de até US$50.Os primeiros colocados no ranking foram os vinhos produzidos com a uva Tannat e com a uva Malbec. Depois as uvas Syrah, Carménère, Cabernet Sauvignon e Merlot. Entre os vinhos de alta funcionalidade, a maioria eram argentinos, seguidos pelos chilenos, brasileiros e uruguaios. Não foram divulgadas as marcas analisadas.
Dois importantes pontos destacados pela professora Inar Castro, que coordenou a pesquisa, é de que os resultados não foram alterados pelo ano da safra e que, de modo geral, a atividade antioxidante eleva-se nos vinhos com preço entre US$30 e 40 por garrafa. “Acima desse valor não há mais acréscimo dessa propriedade”, ressaltou a professora.
O modelo matemático desenvolvido para fazer a classificação poderá ser usado no futuro para a criação de um “selo de qualidade” para vinhos.
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