Já aprendemos aqui no blog a diferença entre os vinhos do Velho Mundo e do Novo Mundo.
A diferença principal é que, de modo geral, o nome que vai no rótulo de vinhos do Velho Mundo, é o da região onde o vinho foi produzido, pois por uma questão cultural, nos países lá localizados, o sabor do vinho está diretamente ligado à sua região de cultivo.
Já nos vinhos provenientes do Novo Mundo, o nome da principal (ou das principais) uva (s) costuma(m) vir estampada (s) em destaque no rótulo. Essa, na verdade, é uma tendência, pois comercialmente falando é mais fácil para os consumidores de modo geral escolherem o vinho pensando no tipo da uva e não na região em que foi produzido.
Se você quiser saber mais sobre as diferenças entre os vinhos do Velho e do Novo Mundo, não deixe de ler o artigo completo!
Vinho Branco e Vinho Tinto – Para elaborar um vinho branco, normalmente, são utilizadas uvas brancas, isto é, sem coloração na casca. Mas, é possível também fazer um vinho branco a partir de uvas tintas. Ocorre que o suco da maior parte das uvas tintas não tem cor, pois apenas a casca possui a pigmentação. Logo, um vinho branco, pode ser feito a partir do suco das uvas tintas, embora essa prática não seja muito usual.
Hoje, vou ensinar sobre as cinco principais tipos de Uva, que provavelmente você já ouviu falar, mas que não conhece em seus detalhes, confira:
Cabernet Sauvignon – Esta é a casta conhecida como “Rainha das uvas Tintas” por sua facilidade de produzir vinhos de qualidade nos mais diversos climas. É originária da região de Bordeaux na França. Desta casta surgem vinhos tradicionalmente estruturados, com bastante tanino, acidez alta e com boa capacidade de envelhecimento. Os vinhos Cabernet Sauvignon normalmente apresentam notas de frutas pretas (amora, groselha preta). Quando provenientes de climas moderados são mais leves e menos encorpados e, normalmente apresentam aromas de pimentão. Já os de clima quente são mais encorpados. É muito comum encontrar os vinhos tintos de Cabernet Sauvignon misturados a outras variedades de uva, como Merlot, Shiraz, Malbec e Carménère.
Merlot – É outra casta muito comum em Bordeaux, na França. Seus sabores, normalmente, passam por frutas vermelhas (quando cultivadas em climas moderados) e frutas pretas (quando cultivadas em climas quentes). Possui taninos e acidez média. Quando vinificada da maneira adequada pode produzir vinhos bastante aromáticos que lembram bolos de frutas secas. Alguns dos vinhos mais caros do mundo, como o Chateau Petrus e o Le Pin são feitos quase que 100% com a uva Merlot.
Malbec – Apesar de ser originária de Cahors, na França, é na Argentina que essa casta de uva é extensamente plantada e extremamente bem-sucedida. Seus vinhos possuem cor escura e sabor profundo de ameixa, de bom corpo e tânicos, para serem consumidos ainda jovens. Frequentemente, seu vinho é vendido como monovarietal (sem mistura com outra uva), mas pode ser útil em mesclas com Cabernet Sauvignon e Shiraz.
Pinot Noir – Pode ser considerada uma casta bastante temperamental, pois exige condições perfeitamente corretas de cultivo e de vinificação para produzir um bom vinho. É originária de Borgonha, na França, e produz vinhos bastante admirados em todo mundo como os Romanée Conti, Clos de Vougeot, Le Chambertin e outros grands crus. Um Pinot Noir possui taninos bem menos marcantes porque possui menos sementes e suas cascas são finas, razão pela qual também é um vinho mais claro que os demais. Normalmente, é menos encorpado que um Cabernet Sauvignon. Possui sabores de frutas vermelhas e ervas quando jovens e um pouco envelhecidos, notas vegetais e de cogumelos.
Shiraz (inglês) ou Syrah (Francês) – Originária da França, é bastante produzida hoje na Austrália. Faz vinhos escuros e intensos com sabores de frutas pretas e especiarias. Normalmente, possuem acidez média e taninos altos. Quando provenientes de locais de clima moderado dão vinhos muito escuros, secos, tânicos e com notas de pimenta do reino. Se originárias de locais mais quentes, os vinhos, apesar de tânicos, apresentam notas de especiarias doces (alcaçuz e cravos da Índia) e de chocolate.
No próximo post, abordarei as principais variedades de uvas brancas. Não perca!
E se você quiser ler mais sobre as uvas e saber como é o processo básico de cultivo delas, não deixe de conferir o post “Tudo que Você Precisa Saber Sobre a Uva!”.
É um conhecimento necessário para qualquer pessoa que busca se tornar um grande conhecedor de vinhos! 🙂
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