Minas Gerais é conhecida como a terra do pão de queijo e quando se fala em cachaça, Minas vem a cabeça! Além disso, não se pode deixar de falar nas cervejas artesanais de lá. E agora, Minas também está se destacando pela produção de vinho!
Já ouviu falar do vinho Maria Maria Bel Sauvignon Blanc 2015 produzido em Minas Gerais? Bem, em Londres, no Decanter World Wine Awards 2017, eles conheceram, analisaram e o premiaram com a medalha de bronze!
A competição contou com mais de 17 mil vinhos concorrendo e 219 juízes, entre especialistas na área, jornalistas, enólogos e sommeliers para avaliar os vinhos participantes.
O prêmio Decanter World Wine Award 2017 é organizado pela revista inglesa Decanter – fundada em 1975, com uma tiragem de 40.000 exemplares e publicada em mais de 90 países.
A história do Maria Maria tem início quando o seu produtor, Eduardo Junqueira, teve um ataque cardíaco em 2006 e precisou mudar seus hábitos alimentares. Seu médico informou que uma taça de vinho por dia traria benefícios para sua saúde. Sendo assim, resolveu produzir seu próprio vinho na tradicional região cafeeira do sul de Minas Gerais.
O destaque deste vinho é o seu método de elaboração, com a técnica da dupla poda, desenvolvida pelo Núcleo Tecnológico Uva e Vinho da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que consegue transferir a colheita da safra para o inverno.
A produção dos vinhos conta com a parceria da Epamig desde a compra das mudas e com assessorias técnicas remotas junto à vinícola. A primeira safra foi plantada em 2013 e a safra 2015 foi enviada para a sua sua primeira competição, a Decanter World Wine Awards 2017, quando o Maria Maria Bel Sauvignon Blanc levou a medalha de bronze.
O Maria Maria leva esse nome em uma homenagem ao cantor Milton Nascimento, amigo de Eduardo Junqueira. Em uma de suas frequentes visitas à Fazenda Capetinga, quando o parreiral estava sendo implantado, Milton brincou com Eduardo, “Eduardinho do céu, você é doido. Nunca ouvi falar em plantar uvas aqui no Sul de Minas”. Naquele momento, o nome do projeto havia sido decidido e batizado com o nome da música de Milton, Maria Maria.
Técnica da Dupla Poda ou Poda Invertida
A chamada “dupla poda” se refere à “poda de inverno” e foi criada há mais de dez anos pelo pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Murillo de Albuquerque Regina, e consiste na realização duas podas, uma por volta de agosto e uma em dezembro/janeiro, invertendo o ciclo produtivo da videira. No Brasil, a uva é colhida, normalmente, entre janeiro e fevereiro, no verão. Ao serem podadas duas vezes, as videiras dão frutos no inverno.