Como agora o Brasil chegou às oitavas de final na Copa e seu primeiro adversário é o Chile, vou falar um pouco sobre a produção de vinhos nesse país para dar continuidade ao “Especial Copa” do Blog Vinho Tinto (Relembre Croácia, México e Camarões). Para quem não sabe, o Brasil é o maior importador de vinhos chilenos do mundo e de todo o vinho que entra aqui no país, 43% é proveniente do Chile. As opções são muito variadas (o que pode ser comprovado ao nos deparamos com a infinidade de rótulos chilenos nos
supermercados e cartas de vinhos dos restaurantes nacionais). De fato, existem ótimos vinhos chilenos a preços variados e outros… sinceramente, nem tanto, né? Mas, o importante – e não podemos negar isso – é que a invasão dos vinhos chilenos no Brasil (a preços mais acessíveis inclusive) acabou contribuindo para o brasileiro ter acesso e aprender a gostar um pouquinho mais dessa bebida maravilhosa, concorda? Então, leia abaixo algumas informações interessantes que separei para você sobre a produção de uva e vinhos no Chile:
Redescoberta do Chile – Na verdade, muitos vinhedos de qualidade chegaram ao Chile no século XVII junto com a colonização espanhola, mas foi em meados dos anos 80 que a indústria vinífera do país deu um salto forte na produção e exportação de castas francesas, como Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay e, também, uma cepa de Bordeaux para muitos já extinta, mas que foi redescoberta na região: a Carmenère.
Condições geográficas propícias – Beneficiada com a presença dos Andes a leste e do Oceano Pacífico a oeste, o Chile é um país isolado e está imune a uma das grandes e temidas pragas da viticultura atual: a filoxera (a mesma que dizimou a plantação da Carmenère na Europa no século XIX). Outros aspectos que favorecerem a viticultura chilena é a cadeia de montanhas ao longo da costa que bloqueia a umidade do oceano para grande parte dos vinhedos e a influência do oceano em um clima relativamente quente. Enfim, não há como negar: o Chile é um país abençoado para o cultivo de uvas e produção de uvas.
Destaque – O país possui hoje seis regiões produtoras de vinhos: Atacama, Coquimbo, Aconcágua, Vale Central, Região Sul e Região Austral. Eu gosto muito dos vinhos do Vale Casablanca que ficam na Região do Aconcágua. Essa área fica entre as montanhas da costa e o Pacífico e graças aos nevoreiros da manhã e aos ventos da tarde são capazes de propiciar um clima fresco que dão vinhos de frescor inigualável. Meus destaques hoje, inclusive, vão para os brancos da Quintay
Chardonnay Q Grand Reserva e Sauvignon Blanc Q Grand Reserva que já havia mencionado aqui no blog (relembre), ambos importados pela TW Importadora . Gosto demais desses vinhos da Quintay por expressarem todo o frescor desse Vale e por serem vinhos vendidos a um bom preço nos restaurantes (R$90 a R$120). O Chardonnay é aquele indicado para acompanhar um almoço com a família em um restaurante de frutos do mar; já o Sauvignon Blanc é aquele ideal para acompanhar um ceviche ou até mesmo peixes com molhos cítricos.